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"O amor é como a luz - imprescindível para a vida." - Joanna de Ângelis

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

CRISTO

 Cristo

Jesus não veio revogar a Lei, ou seja, a Lei de Deus. Veio completá-la, quer dizer, desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de desenvolvimento dos homens. É por isso que se encontra nessa Lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que forma a base da sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, modificou-as profundamente, tanto no seu fundo como na sua forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores as e as falsas interpretações e não podia ter-lhes feito uma reforma mais radical que ao reduzi-las a estas palavras: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, e ao dizer: Está aí toda a Lei e os profetas.

Com estas palavras: o Céu e a Terra não passarão antes que tudo se cumpra até ao último jota, Jesus quis dizer que era preciso que a Lei de Deus fosse cumprida, ou seja, fosse praticada em toda a Terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências. Pois para que serviria ter estabelecido esta lei, se esta devesse continuar privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? Sendo todos os homens filhos de Deus, são, sem distinção, objecto da mesma solicitude.

Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem mais autoridade que a sua palavra. Veio cumprir as profecias que tinham anunciado a sua vinda. A sua autoridade resultava da natureza excepcional do seu espírito e da sua missão divina. Veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não é na Terra, mas no reino dos céus; ensinar-lhes o caminho que aí conduz, os meios de se reconciliarem com Deus e preveni-los sobre as coisas futuras para o cumprimento dos destinos humanos. No entanto, não disse tudo e sobre muitos pontos limitou-se a depositar o gérmen da verdade, que ele próprio declarou ainda não poderem ser compreendidos. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos explícitos, para se apanhar o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem fornecer a chave e essas ideias não podiam vir antes de o espírito humano atingir um certo grau de maturidade. A ciência devia contribuir poderosamente para o desabrochar e para o desenvolvimento dessas ideias; era preciso, portanto, dar à ciência tempo para progredir.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec (Cap. I, itens 3 e 4.)     

Extraído de: http://temp3cmqnrffbbi3.blogspot.com

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