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"O amor é como a luz - imprescindível para a vida." - Joanna de Ângelis

sábado, 26 de novembro de 2016

OUÇAMOS

"E logo os chamou." — (MARCOS, 1:20.)

Em alguns ciclos do Cristianismo, semelhante passagem, alusiva ao encontro do Senhor com os discípulos, é interpretada simplesmente como sendo um apelo do Cristo ao ministério religioso.

Todavia, podemos imprimir-lhe significado mais amplo.

Em cada situação do caminho, é possível registar o chamamento celeste.

No templo familiar, onde surgem problemas difíceis...

Ante o companheiro desconhecido, que pede cooperação...

À frente do adversário, que espera entendimento e tolerância...

Ao pé do enfermo, que aguarda assistência e carinho...

A face do ignorante, que reclama socorro e ensinamento...

Junto à criança, que roga bondade e compreensão...

Por onde formos, Jesus, Mestre Silencioso, nos chama ao testemunho da lição que aprendemos.

Nas menores experiências, no trabalho ou no lazer, no lar ou na via pública, eis que nos convida ao exercício incessante do bem.

Nesse sentido, o discípulo do Evangelho encontra no mundo o santuário de sua fé e na Humanidade a sua própria família.

Assinalando, pois, a norma cristã, como inspiração para todas as lides cotidianas. ouçamos a palavra do Senhor em todos os ângulos do caminho, procurando segui-lo com invariável fidelidade, hoje e sempre.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Fonte Viva'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

PELAS OBRAS

"E que os tinhais em grande estima e amor por causa da sua obra." — Paulo. (I TESSALONICENSES, 5:13.)

Esta passagem de Paulo, na Primeira Epistola aos Tessalonicenses, é singularmente expressiva para a nossa luta cotidiana.

Todos experimentamos a tendência de consagrar a maior estima apenas àqueles que leiam a vida pela cartilha dos nossos pontos de vista. Nosso devotamento é sempre caloroso para quantos nos esposem os modos de ver, os hábitos enraizados e os princípios sociais; todavia, nem sempre nossas interpretações são as melhores, nossos costumes os mais nobres e nossas diretrizes as mais elogiáveis.

Daí procede o impositivo de desintegração da concha do nosso egoísmo para dedicarmos nossa amizade e respeito aos companheiros, não pela servidão afetiva com que se liguem ao nosso roteiro pessoal, mas pela fidelidade com que se norteiam em favor do bem comum.

Se amamos alguém tão-só pela beleza física, é provável encontremos amanhã o objeto de nossa afeição a caminho do monturo.

Se estimamos em algum amigo apenas a oratória brilhante, é possível esteja ele em aflitiva mudez, dentro em breve.

Se nos consagramos a determinada criatura só porque nos obedeça cegamente, é provável estejamos provocando a queda de outros nos mesmos erros em que temos incidido tantas vezes.

É imprescindível aperfeiçoar nosso modo de ver e sentir, a fim de avançarmos no rumo da vida superior.

Busquemos as criaturas, acima de tudo, pelas obras com que beneficiam o tempo e o espaço em que nos movimentamos, porque, um dia, compreenderemos que o melhor raramente é aquele que concorda conosco, mas é sempre aquele que concorda com o Senhor, colaborando com ele, na melhoria da vida, dentro e fora de nós.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Fonte Viva'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 14 de agosto de 2016

MÃOS À OBRA

"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação." Paulo. (I CORÍNTIOS, 14:26.)

A igreja de Corinto lutava com certas dificuldades mais fortes, quando Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.

O conteúdo da carta apreciava diversos problemas espirituais dos companheiros de Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-lo a certas situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, na revivescência do Evangelho.

Quase sempre notamos intensa preocupação nos trabalhadores, por novidades em fenomenologia e revelação.

Alguns núcleos costumam paralisar atividades quando não dispõem de médiuns adestrados.

Por quê?

Médium algum solucionará, em definitivo, o problema fundamental da iluminação dos companheiros. 

Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço de alguns poucos.

Convençam-se os discípulos que o trabalho e a realização pertencem a todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe compete. Ninguém alegue ausência de novidades, quando vultosas concessões da esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa-vontade, no sentido de conhecer a vida e elevar-se.

Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no aperfeiçoamento indispensável.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Pão Nosso'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 6 de agosto de 2016

SEMEADURA

“Mas, tendo sido semeado, cresce.” — Jesus. (MARCOS, 4: 32.)

É razoável que todos os homens procurem compreender a substância dos atos que praticam nas atividades diárias. Ainda que estejam obedecendo a certos regulamentos do mundo, que os compelem a determinadas atitudes, é imprescindível examinar a qualidade de sua contribuição pessoal no mecanismo das circunstâncias, porquanto é da lei de Deus que toda semeadura se desenvolva.

O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.

Muitos Espíritos, de corpo em corpo, permanecem na Terra com as mesmas recapitulações durante milênios. A semeadura prejudicial condicionouos à chamada “morte no pecado”. Atravessam os dias, resgatando débitos escabrosos e caindo de novo pela renovação da sementeira indesejável. A existência deles constitui largo círculo vicioso, porque o mal os enraíza ao solo ardente e árido das paixões ingratas.

Somente o bem pode conferir o galardão da liberdade suprema, representando a chave única suscetível de abrir as portas sagradas do Infinito à alma ansiosa.

Haja, pois, suficiente cuidado em nós, cada dia, porquanto o bem ou o mal, tendo sido semeados, crescerão junto de nós, de conformidade com as leis que regem a vida.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

POR UM POUCO

"Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado." — Paulo. (HEBREUS, 11:25.)

Nesta passagem refere-se Paulo à atitude de Moisés, abstendo-se de gozar por um pouco de tempo das suntuosidades da casa do Faraó, a fim de consagrar-se à libertação dos companheiros cativos, criando imagem sublime para definir a posição do espírito encarnado na Terra.

"Por um pouco", o administrador dirige os interesses do povo.

"Por um pouco", o servidor obedece na subalternidade.

"Por um pouco", o usurário retém o dinheiro.

"Por um pouco", o infeliz padece privações.

Ah! Se o homem reparasse a brevidade dos dias de que dispõe na Terra! Se visse a exigüidade dos recursos com que pode contar no vaso de carne em que se movimenta!...

Certamente, semelhante percepção, diante da eternidade, dar-lhe-ia novo conceito da bendita oportunidade, preciosa e rápida, que lhe foi concedida no mundo.

Tudo favorece ou aflige a criatura terrestre, simplesmente por um pouco de tempo.

Muita gente, contudo, vale-se dessa pequenina fração de horas para complicar-se por muitos anos.
É indispensável fixar o cérebro e o coração no exemplo de quantos souberam glorificar a romagem apressada no caminho comum.

Moisés não se deteve a gozar, "por um pouco", no clima faraônico, a fim de deixar-nos a legislação justiceira.

Jesus não se abalançou a disputar, nem mesmo "por um pouco", em face da crueldade de quantos o perseguiam, de modo a ensinar-nos o segredo divino da Cruz com Ressurreição Eterna.

Paulo não se animou a descansar "por um pouco", depois de encontrar o Mestre às portas de Damasco, de maneira a legar-nos seu exemplo de trabalho e fé viva.

Meu amigo, onde estiveres, lembra-te de que aí permaneces "por um pouco" de tempo. Modera-te na alegria e conforma-te na tristeza, trabalhando sem cessar, na extensão do bem, porque é na demonstração do "pouco" que caminharás para o "muito" de felicidade ou de sofrimento.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Fonte Viva'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

QUE É A CARNE?

"Se vivemos em Espírito, andemos também em  Espírito."   Paulo. (GÁLATAS, 5:25.)

Quase sempre, quando se fala de espiritualidade, apresentam-se muitas pessoas que se queixam das exigências da carne.

É verdade que os apóstolos muitas vezes falaram de concupiscências da carne, de seus criminosos impulsos e nocivos desejos. Nós mesmos, freqüentemente, nos sentimos na necessidade de aproveitar o símbolo para tornar mais acessíveis as lições do Evangelho. O próprio Mestre figurou que o espírito, como elemento divino, é forte, mas que a carne, como expressão humana, é fraca.

Entretanto, que é a carne?

Cada personalidade espiritual tem o seu corpo fluídico e ainda não percebestes, porventura, que a carne é um composto de fluídos condensados? Naturalmente, esses fluídos, em se reunindo, obedecerão aos imperativos da existência terrestre, no que designais por lei de hereditariedade; mas, esse conjunto é passivo e não determina por si. Podemos figurá-lo como casa terrestre, dentro da qual o espírito é dirigente, habitação essa que tomará as características boas ou más de seu possuidor.

Quando falamos em pecados da carne, podemos traduzir a expressão por faltas devidas à condição inferior do homem espiritual sobre o planeta.

Os desejos aviltantes, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a má-fé, o traço do traidor, nunca foram da carne.

É preciso se instale no homem a compreensão de sua necessidade de autodomínio, acordando-lhe as faculdades de disciplinador e renovador de si mesmo, em Jesus-Cristo.

Um dos maiores absurdos de alguns discípulos é atribuir ao conjunto de células passivas, que servem ao homem, a paternidade dos crimes e desvios da Terra, quando sabemos que tudo procede do espírito.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Caminho, Verdade e Vida'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

PRETENSÕES

"Eu plantei. Apolo regou; mas Deus deu o crescimento."  —  Paulo.  (I CORÍNTIOS, 3:6.)

A igreja de Corinto estava cheia de alegações dos discípulos inquietos.

Certos componentes da instituição imprimiam maior valor aos esforços de Paulo, enquanto outros conferiam privilégios de edificação a Apolo.

O advogado dos gentios foi divinamente inspirado, comentando o assunto em sua carta.

Por que pretensões individuais numa obra da qual somos todos beneficiários do mesmo Senhor?

Na atualidade, é louvável o exame da recomendação de Paulo aos coríntios, porquanto já não são os usufrutuários da organização cristã que se rejubilam pela recepção das bênçãos do Evangelho através desse ou daquele dos trabalhadores do Cristo, mas os operários da causa que, por vezes, chegam ao campo de serviço exibindo-se por vultos destacados desse ou daquela obra do bem.

A certeza de que "toda boa dádiva vem de Deus" constitui excelente exercício para os trabalhos comuns.

É interessante observar como está sempre disposto o homem a se apropriar de circunstâncias que o elevam no alheio conceito com facilidade. Sempre inclinado a destacar-se nos círculos do bem que ainda lhe não pertence de modo substancial, raramente assume paternidade dos erros que comete. Essa é uma das singulares contradições da criatura.

Não te esqueças. O serviço é de todos. Uns plantam, outros adubam. Vive contente no setor de trabalho confiado às tuas mãos ou à tua inteligência e serve sem pretensões, porque o homem prepara a terra e organiza a semeadura, por misericórdia da Providência, mas é Deus quem pões as flores nas frondes e concede os frutos, segundo o merecimento.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro "Caminho, Verdade e Vida". Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 30 de janeiro de 2016

BUSQUEMOS O MELHOR

"Por que reparas o argueiro no olho de teu irmão?" — Jesus. (MATEUS, 7:3.)

A pergunta do Mestre, ainda agora, é clara e oportuna.

Muitas vezes, o homem que traz o argueiro num dos olhos traz igualmente consigo os pés sangrando. Depois de laboriosa jornada na virtude, ele revela as mãos calejadas no trabalho e tem o coração ferido por mil golpes da ignorância e da inexperiência.

É imprescindível habituar a visão na procura do melhor, a fim de que não sejamos ludibriados pela malícia que nos é própria.

Comumente, pelo vezo de buscar bagatelas, perdemos o ensejo das grandes realizações.

Colaboradores valiosos e respeitáveis são relegados à margem por nossa irreflexão, em muitas circunstâncias simplesmente porque são portadores de laves defeitos ou de sombras insignificantes do pretérito, que o movimento em serviço poderia sanar ou dissipar.

Nódulos na madeira não impedem a obra do artífice e certos trechos empedrados do campo não conseguem frustrar o esforço do lavrador na produção da semente nobre.

Aproveitemos o irmão de boa-vontade, na plantação do bem, olvidando as rugas que lhe cercam a vida.

Que seria de nós se Jesus não nos desculpasse os erros e as defecções de cada dia?

E, se esperamos alcançar a nossa melhoria, contando com a benemerência do Senhor, por que negar ao próximo a confiança no futuro?

Consagremo-nos à tarefa que o Senhor nos reservou na edificação do bem e da luz e estejamos convictos de que, assim agindo, o argueiro que incomoda o olho do vizinho, tanto quanto a trave que nos obscurece o olhar, se desfarão espontaneamente, restituindo-nos a felicidade e o equilíbrio, através da incessante renovação.

Ditado pelo Espírito Emmanuel. Do livro 'Fonte Viva'. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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